é pouco a pouco que nos vamos. do sangue vem a poeira que nos identificará num futuro não muito longínquo, não muito agradável. o riso amarela com o tempo e com o tempo o sorriso escasseia e perde-se... dando lugar a uma cicatriz, essa que outrora havia sido apelidada de "boca". os olhos! a janela da alma!... qual quê.. os olhos vidram, focam e nada vêm para além daquilo que interessa... nada! já nada é interessante, já nada se renova e no nada descansa e jaz o que se quis há muito... ser feliz! parecendo que não ser feliz é sofrer... o feliz não se vive, sonha-se. o que nós sonhamos (quando os sonhos são bons), faz-nos feliz. por isso mesmo custa acordar por vezes... é quando acordamos que começa o que comummente chamamos de "pesadelo". mas voltemos à face... íamos nos olhos portanto... ora os olhos mostram fadiga pela olheiras e vazio pela órbita espelhada (o vidranço, lá está).. estas últimas semanas revelei-me um zombie... o sofrimento transmite-se no silêncio (a minha companhia mais fiel), e até no andar deambulante e descordenado, como todo o andar de alguém que não sabe o que caralho anda a fazer por aqui! o que me trouxe aqui? eu já não sei se gosto disto! sinto-me cada vez mais frio, mais distante... o calor da minha personalidade evade-se a uma velocidade cuja a aceleração é constante e não me sinto mal nem bem por isso..nem sei se sinto mesmo alguma coisa!... não há espectativas de algo melhor pois o mau anda sempre agarrado a tudo que nos faz sentir bem... pra quê? isso é masoquismo! o optimismo é o que nos faz correr contentes até o realismo nos fazer tropeçar... tropeçamos e caímos em câmara lenta para cima de um grande monte de mer... pessimismo! o coração bate, os pulmões inspiram e expiram... isso são sinais de vida certo? então porque não me sinto vivo?
isto é estúpido.. vou dormir
Sem comentários:
Enviar um comentário