a raiva consumiu
o que a ira destruiu
é o mal que emerge
neste monstro que surgiu
são momentos de mau estar
que o fazem tudo odiar
tudo é injusto, é tudo um pesar
nada pelo que valha a pena lutar
um oceano de infelicidades
desprazeres e inconformidades
um pico de agonia faz o monstro gritar
o desconforto é o seu vestido
vestido pelo que sente
sente o momento presente
dilacerando o passado
profetizando um futuro
que nada tem de confortante
o bicho evade-se
criando caos e Apocalipse
deixa rasto de destruição,
pegadas de cataclismo,
no meio desta mente
caída num grande abismo
para onde o bicho há de voltar,
há de ser exilado
mas até lá voltar a repousar...
possuí o que sou
e polui o meu estado
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