sábado, 5 de janeiro de 2013

a puta fiel



vem nostalgia 
que me sinto só
vem e traz contigo
a Solidão sem dó
deixa-a comigo que trato dela
'em braços seguros fico' diz ela
'não o deixo em circunstancia alguma
não me deixo trocar por qualquer uma
ela não sabe arriscar e só me tem a mim
se ele não aprender fico cá até ao fim'

porque preciso tanto de ti?
perguntei inocentemente
'não é de mim, é do que conheceste
tens medo do que pode vir
e agarras-te ao que tiveste
e tiveste porque arriscaste!
mal, mas ainda assim o fizeste
não tens medo de descobrir o exterior
mas sim de desencobrir o interior
tens medo de ti
tens medo da tua mente em si
és um paradigma e contradição
não sabes o que queres
não sabes por onde ir
sabes como ajudar
mas ajuda não sabes pedir
fala, confessa e desembucha sem recear
caso contrário irás rebentar
se isso suceder não há volta a dar...
mas vai! sai deste falso conforto
sai e procura mesmo que dê torto
eu sei de ti e onde andas
não precisas de me procurar
pois eu sempre te encontro'

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