sábado, 5 de janeiro de 2013

here in my room



é aqui
que me refugio
onde fujo para pensar
e sentir o meu vazio
um vazio de morrer
que parece nao perecer
que se vislumbra sem se ver
um momento de paz tao dura
que me tortura e satura
onde a dor perdura
nesta minha mente obscura
vagueia nas filosofias
lembra lamúrias
e recorda amarguras,
as passadas e presentes,
de todas aquelas vezes
que sofri sem poder sentir
um único alento, um unico apreço
um único travo do aroma que mereço,
e o que mereço eu?
apenas o que me cerca
não "tudo" para que não o perca
quem "tudo" tem, por "tudo" peca
mais vale o nada e o seu cheiro ouco,
pálido e sombrio que me protege
que me guarda e reduz
aos confins das quatro paredes
que delimitam o poder da luz
é aí que vivo e resido
longe do humano resíduo
que contamina "tudo" o ambíguo
não vendo para além de si,
do proprio nariz ou do seu umbigo...

não quero viver esse mundo já
muito cedo, e maduro não estou
mas farto e tarde para lá vou...
até lá viverei a metamorfose,
a calma simbiose
do viver-saber viver,
e enquanto não o fizer,
ou por algum motivo não o puder...
é no meu quarto, pequeno meu quarto
que irei nascer, viver e com sorte morrer...

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