ele anda por aí
sem rumo nem destino
ele passa por ali
ao ritmo simples de um sino
ele anda por cá
sem rasto, despercebido
ele passa por aqui
só, abandonado e perdido...
ele olha nos olhos
de todos os que passam,
mas por todos não é visto
simplesmente nele... os olhares trespassam...
perfuram, atravessam sem dó nem piedade
"por que razão são eles tão crueis e cheios de maldade?
"serão eles vitimas de ódio e inimizade?"
pergunta-se e mais perguntas faz
é uma questão de equilibrio e paz
questiona-se sobre tais olhares
sobre golpes malignos e de maus ares
saidos de olhos vidrados de egoísmo
são olhares de ódio para ele não dirigido
é ódio partilhado por todos, mas por ele sentido
será ele fantasma por não se conseguir ver?
ou seremos nós cegos por dele não querer saber?
estupidez é cegueira não há desculpa para tal
é algo por nós esquecido e é tão grande o Mal
o erro, o equívoco, quiçá fatalidade
por não querer ver mais que tudo
a mais simples e pura verdade...
somos todos fantasmas sem consciência nem saber
somos todos vistos sem os outros querer ver
somos todos trespassados sem piedade nem dó
não passamos todos... de um simples ser só...
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