sábado, 5 de janeiro de 2013
parte 3
sou independente! pensei eu, em cima de neve que me acariciava os pés com um um frio na ordem das dezenas negativas. a sensação de independência pouco duro à medida que o vento gélido ia soprando. eu tremelicava de medo, de frio. os pinheiros jovens alinhados abanavam-se ritmicamente ao som dos assobios sombrios. dei uns poucos passos na ideia que era 'naquela' direcção que o meu futuro me esperava. era naquela direcção que me iriam trazer porções da toys r us para que me pudesse deliciar com as tentações infantis que a época natalícia tinha para oferecer. aquele megazord era mesmo por mim desejado, desejo este que não era partilhado pelos meus progenitores que nada desejavam uma fuga de unidades monetárias (marcos na altura). valerá mesmo a pena sacrificar o calor do meu lar? o calor humano dos meus papás?... o megazord fazer-me-á assim tão feliz? talvez... mas de momento estou quase criogenicamente conservado e não me apetece, muito sinceramente, acordar neste corpo daqui a 50 anos. vamos lá para dentro? - pensava eu de mim para mim - vamos sim senhor! (queria mesmo usar esta expressão). e fui... e logo que bati à porta imaginei o gozo dos meus pais ao ouvirem o 'toque toque', imaginei-os a rirem-se à minhas custas e senti-me humilhado pelo meu claro e óbvio fracasso. terei de pensar numa maneira mais eficiente de fazer birra, de preferência que não envolva actividades exteriores enquanto circulam 'brisas' de 20ºC negativos. no próximo capitulo: o coelho de chocolate de 3 kg. até lá... paciência
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